A Mitologia romana pode ser dividida em duas partes: a primeira, tardia e mais literária, consiste na quase total apropriação da grega; a segunda, antiga e ritualística, funcionava diferentemente da correlata grega. O romano, que impregnava a sua vida pelo numen, uma força divina indefinida presente em todas as coisas, estabeleceu com os deuses romanos um respeito escrupuloso pelo rito religioso – o Pax deorum – que consistia muitas vezes em danças, invocações ou sacrifícios. Ao lado dos deuses domésticos, os romanos possuíam diversas tríades divinas, adaptadas várias vezes ao longo das várias fases da história. Assim, à tríade primitiva constituída por Júpiter (senhor do Universo), Marte (deus da guerra) e Quirino (o rei Rômulo, mitológico fundador de Roma), os etruscos inseriram o culto das deusas Minerva (deusa da inteligência e sabedoria) e Juno (rainha do céu e esposa de Júpiter). Com a república surge Ceres (deusa da Terra e dos cereais), Líber e Libera. Mais tarde, a influência grega inseria uma adaptação para o panteão romano do seu deus do comércio e da eloquência (Mercúrio) sob as feições de Hermes, e o deus do vinho (Baco), como Dionísio.
Muito bom, Bia!
ResponderExcluir